Ibama entra em greve
2005-06-29
Os funcionários do Ibama vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 29/06, quarta-feira. Desde ontem, eles fazem paralisação das 8h às 10 horas, para reivindicar a reposição de 18% de perdas emergenciais, além do cumprimento de cláusulas de acordo coletivo fechado no ano passado e que não foram cumpridas. O presidente da associação dos servidores do órgão, Francisco Messias da Conceição, viaja nos próximos dias para Brasília, onde participará de um encontro que vai reunir representantes do Ibama de todos os Estados do país. - A reunião foi proposta para avaliar a conjuntura nacional da greve, que já foi deflagrada em seis Estados brasileiros e no Acre ela começa amanhã - explicou.
Na próxima segunda-feira, Messias estará de volta e se reunirá novamente com os servidores do órgão no Acre para decidir pela continuação ou não da greve. - O encontro em Brasília é que vai definir os resultados - acrescentou. De acordo com ele, a paralisação será total, apesar do Ibama prestar um tipo de serviço essencial no Estado.
Além dos 18% de reposição salarial, os funcionários defendem o cumprimento do acordo feito no ano passado, quando foi decidido o pagamento de 35% de gratificação em três parcelas. A primeira de 16% seria repassada em janeiro, a segunda de 2% em junho e a última de 17% em novembro. Esse acordo, segundo Messias, não foi efetivado com a categoria. Eles reclamam a inclusão dos inativos e pensionistas nos planos que estão sendo defendidos em nível nacional. Outra bandeira de defesa dos trabalhadores é a descentralização dos recursos do governo federal que, de acordo com a maioria, tira a autonomia dos órgãos nos Estados. - Há mais de um ano o Ibama/Acre não recebe recursos federais de forma continuada - frisou Messias.
A categoria defende a aprovação no congresso de uma Emenda Constitucional que beneficia diretamente os funcionários contratados pelo Ibama em 88. Se for aprovada, eles passarão a fazer parte dos planos de cargos, carreiras e salários. - A constituição não contempla os trabalhadores que entraram nas empresas sem concurso público, mesmo que nesse período eles tenham se formado.(Amazônia.org, 28/06)