Desafios do Sisnama são debatidos no último dia do curso de jornalismo ambiental
2005-06-28
O último dia do curso de Jornalismo Ambiental promovido pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam/RS), e seção gaúcha da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes/RS), teve como tema Desafios ao Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama.
O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Cláudio Langone, alegou problemas com seu vôo e em seu lugar compareceu o coordenador institucional do MMA, Volney Zanardi Jr. Zanardi Jr. fez uma palestra técnica apresentando um pouco da política do Ministério. Mostrou as quatro diretrizes que movem o MMA: fortalecimento do SISNAMA, política integrada de governo, participação e controle social e desenvolvimento sustentável. De acordo com Zanardi Jr., cada uma dessas diretrizes tem suas estratégias de planejamento e afirmou que todos têm que defender e fiscalizar esses projetos. - Queremos garantir a descentralização da gestão ambiental, através do compartilhamento entre os entes federados: união, estados e municípios – completou.
Além de enfatizar o compartilhamento e o compromisso de todos na defesa do meio ambiente, o coordenador institucional do MMA, mostrou quais municípios têm Conselho de Meio Ambiente. Os dados revelam que aproximadamente 80% das cidades não têm conselhos. A região sul é a que apresenta a maior proporção de municípios com conselhos ambientais, 31%. O nordeste tem o menor número: 10,7%. Ao finalizar a explanação, Zanardi Jr. disse que faltam definições de papéis de responsabilidade, mais uma vez enfatizando uma gestão ambiental compartilhada.
Barrando Barra Grande – não às hidrelétricas no Rio Uruguai
No final da palestra as ONGs, Amigos da Terra e Movimento Roessler fizeram um protesto contra a construção de hidrelétricas em Barra Grande. A ambientalista e membro do Conselho Diretor do Núcleo Amigos da Terra Brasil, Kátia Vasconcellos, tomou a palavra. Protestou contra a construção da hidrelétrica e disse que nada compensava a perda da Barra Grande.
Zanardi Jr. defendeu a política do governo e falou que estão trabalhando na questão dos licenciamentos. Também disse que o governo trabalha com políticas de curto, médio e longo prazo. Kátia argumentou que esperava que este governo tivesse um caráter mais emergencial visto que as questões ambientais como Barra Grande não podem esperar. Zanardi Jr. afirmou que a política do atual governo em relação ao meio ambiente estava se encaminhando bem e simplificou dizendo que é uma questão de custo e benefício: - cabe a sociedade decidir o que é prioridade - finalizou. (Eco Agência, 27/06)