O Brasil conseguiu reduzir em 82,8% a fabricação e o uso dos clorofluorcarbonetos (CFCs) desde o fim da produção desses gases no país em 1999. Até 1997, o consumo era de cerca de 10 mil toneladas ao ano, número que passou para menos de 2 mil toneladas no ano passado. Eles e seus químicos de substituição estão nas geladeiras, aerossóis e equipamentos contra incêndios.

O CFC das geladeiras fabricadas no país antes de 1999 não será mais jogado no ambiente durante o conserto. O governo federal começou a distribuir máquinas que vão coletar e armazenar o gás dos refrigeradores. As primeiras centrais de reciclagem funcionarão em São Paulo e no Rio até o fim do ano. As atuais funcionam à base de hidrofluorcarbono (HFC). Estima-se que estejam em uso 30 milhões de geladeiras com CFC no Brasil.

O conselheiro e ex-presidente da Agapan, Francisco Milanez, afirma que há medidas contra a emissão de gases prejudiciais à camada de ozônio, mas ainda é pouco. Para ele, falta política de uso do gás freon, por exemplo. - Muitos supermercados e grandes sistemas de refrigeração continuam usando. Apenas uma minoria busca alternativas - salientou. (CP, 26/06)