Cidades querem reduzir taxa de esgoto
2005-06-27
Moradores de Cachoeirinha e Gravataí querem que a Corsan reduza os valores da taxa de esgoto cloacal. Representantes de comunidades dos dois municípios foram na última semana à audiência da Comissão de Serviços Públicos da Assembléia para discutir a cobrança. Segundo Osmar Gonzaga, representante da Associação Comercial e da Sociedade Esportiva Regina, duas entidades de Cachoeirinha, a taxa de esgoto corresponde a 70% do valor da água. - Concordamos em permanecer ligados à rede, mas queremos que a Corsan reduza o percentual para, no máximo, 20%. Outra reclamação dos moradores é o alto número de consumidores que não têm ligações na rede do esgoto cloacal.
O coordenador do Centro de Apoio ao Consumidor do Ministério Público Estadual, Paulo Valério Dal Pai Moraes, sugeriu, na audiência, que seja buscado um critério de aferição dos custos por meio de um estudo técnico. Segundo o diretor financeiro e comercial da Corsan, Jorge Melo, a empresa não pode baixar o custo da taxa de esgoto cloacal. Disse que Cachoeirinha e Gravataí carecem de leis que obriguem os moradores a efetuar as ligações na rede do cloacal. — É cobrado sobre o volume médio de consumo de água e não sobre o total da conta. Conforme a Corsan, das 38 mil ligações de água de Cachoeirinha, 15 mil (39%) têm esgoto cloacal. Em Gravataí, das 63 mil ligações de água, 18 mil (27%) têm esgoto cloacal. - O problema é tão grave que dos 343 municípios do RS em que temos concessão do fornecimento de água, só em 41 há também a de esgoto cloacal - destacou Melo. (CP, 26/06)