Trabalhadores pedem o fim do amianto
2005-06-27
Sindicatos de trabalhadores de todo o mundo e de vários governos lançam uma campanha internacional para abolir o uso e comercialização do amianto. Dividido, o governo brasileiro fica de fora do movimento enquanto sindicatos e o próprio Ministério do Trabalho aguardam uma definição política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o produto que continua crescente na pauta de exportações do país.
O amianto tem 3 mil usos diferentes mas pode ser substituído pelo PVA em sua principal função: a construção de telhas e chapas. O problema é que o Brasil é o terceiro maior produtores mundial com 11% do mercado e a proibição teria, segundo o setor, repercussões importantes para certas regiões, principalmente o Estado de Goiás.
Brasil tem cerca de 50 mil empregados expostos à substância> São aproximadamente 50 mil trabalhadores em atividade ou que já passaram por indústrias que usam a fibra de amianto, de acordo com estimativas da Fundação Oswaldo Cruz. A ex-ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse que os estudos sobre o tema ainda não terminaram no âmbito do ministério e segundo informações do MInistério do Desenvolvimento, o Brasil exportou, de janeiro a setembro deste ano, cerca de US$ 22 milhões em produtos que vão desde amianto em fibras não trabalhadas até outras formas de amianto.(JC, 27/6)