Aprovados recursos para monitoramento do Rio Paraíba
2005-06-27
O Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - CBH-PS aprovou, na reunião plenária do último dia 21 de junho, a proposta da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), orçada em R$ 207.830,22, para dar continuidade ao Projeto de Rede de Plataformas Hidrológicas de Coleta de Dados da Bacia, desenvolvido em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
Os recursos a serem liberados pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), para o desenvolvimento do projeto, totalizam R$ 151.848,86, com uma contrapartida de R$ 55.981,36, oferecida pela Cetesb, em forma de horas de trabalho de seus técnicos, para as atividades de implantação, operação e manutenção do sistema. Nessa nova etapa do projeto, para o período 2006/2007, os objetivos definidos são de consolidação da implantação e manutenção da rede, desenvolvimento e implementação de um banco de dados de qualidade e quantidade de água e, na sua fase final, a estruturação de um sistema de alerta para a bacia.
O projeto prevê, para o ano de 2005, o investimento de R$ 2.777.654,22 para a execução de vinte projetos de obras estruturais, educação ambiental e de gestão, que serão analisados e hierarquizados pelas câmaras técnicas do comitê e que foram votados na reunião do dia 21 de junho, realizada no Auditório da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá.
O projeto inicial, conduzido pela Cetesb, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e empresas da região, já conta com duas Plataformas de Coleta de Dados - PCDs em operação experimental, passando por testes e calibrações, com as medições automáticas das sondas multiparâmetros instaladas no Rio Paraíba, gerando dados a cada dez minutos, de pH, OD, Turbidez, Temperatura, Condutividade, Nível e Pluviosidade, que estão sendo recuperados diretamente nas plataformas ou via modem.
As sondas, conectadas nas PCDs localizadas nas dependências das empresas Maxion Sistemas Automotivos Ltda., em Cruzeiro, e outra ainda não inaugurada oficialmente, nas dependências da BASF, em Guaratinguetá, já estão gerando dados que, embora ainda não validados, permitem estabelecer importantes correlações entre os diversos parâmetros monitorados. É possível verificar, por exemplo, quando o gráfico de precipitação mostra uma ocorrência de chuva em determinada região a montante das PCDs, como se comporta a curva do gráfico do oxigênio dissolvido, no período, bem como da turbidez, em função da significativa dispersão e arraste de sólidos.
O monitoramento das águas do Rio Paraíba proporcionará subsídios aos órgãos envolvidos, em casos de eventos extremos de poluição e enchentes, e poderá integrar um sistema de alerta no caso de acidentes com cargas perigosas. Outra vantagem do monitoramento é a coleta noturna de dados de qualidade, permitindo conhecer o comportamento desse corpo d água também à noite, quando diminui a atividade industrial em toda a região.
Para completar a rede de sete PCDs previstas paro trecho paulista do rio, as demais plataformas serão instaladas nas captações de água do Município de Santa Branca, da Cervejaria Kaiser, em Jacareí, da Petrobras, em São José dos Campos, e da SABESP, em Pindamonhangaba e em Queluz.
(Fonte: Assessoria de Comunicação - Cetesb, 24/6)