Não há queixas sobre perdas pelo não uso de energia solar em naves espaciais
2005-06-24
Embora tenham feito sua história com esforços e impasses, os organizadores de uma desbravada tentativa de colocar no espaço a primeira naves com energia solar não se queixam a respeito das dificuldades que terão de enfrentar para beneficiarem-se do que aprenderam. A Sociedade Planetária, grupo com sede em Pasadena, orquestrou o lançamento da nave de US$ 4 milhões Cosmos 1, mas reconheceu que o lançamento da aeronave falhou.
A agência espacial russa disse que houve uma falha definitiva no lançamento do foguete 83 segundos após o seu lançamento a partir de um submarino nuclear no Mar de Barents, na terça-feira (21/6).
Estações de rastreamento continuam a escanear o céu, e os cientistas têm poucas esperanças de que a aeronave tenha mesmo sido colocada em órbita. –Nós estimamos em 1% a probabilidade de algo assim, mas coisas estranhas aconteceram, disse o diretor do projeto Louis D. Friedman, veterano da área militar que já atuou em programas espaciais da NASA, como o Mariner, o Voyager e o Magellan.
A Sociedade Planetária e seus apoiadores espera por uma demonstração revolucionária na tecnologia visada pelo vôo interestelar. –Não temos remorso pelo que aconteceu, afirmou Bruce Murray, ex-diretor do Laboratório de Jet Propulsão da NASA que fundou um grupo com Friedman e com o antigo astrônomo Carl Sagan.
O veículo movido a energia solar pesava cerca de 108 quilos e foi projetado para ser lançado em órbita a mais de 800 quilômetros de altura. Sua estrutura foi desenhada com um desenho semelhante às lâminas das plataformas de energia eólica. (CNN, 24/6)