Comissão espanhola propõe uso de águas para consumo humano e irrigação
2005-06-24
A Comissão de Exploração do Aqueduto Tejo-Segura, na Espanha, decidiu transferir ao Conselho de Ministros, no próximo dia 1º de julho, a decisão sobre o trasvase a Murcia. Conforme a comissão, o volume de águas afetadas – um mínimo de 410 hectômetros cúbicos – deveria destinar-se a satisfazer as necesidades dos abastecimentos urbanos e de irrigação.
A comissão decide habitualmente sobre a quantidade de água que se pode trasvasar, mas ao ter constatado que os volumes de Entrepeñas e Buendía, na cabeceira do Tejo, encontram-se em condições hidrológicas excepcionais, a decisão correspondente ao último trimestre do ano hidrológico (julho, agosto e setembro) deverá ser tomada pelo Conselho de Ministros no próximo dia 1º.
Segundo o acordo alcançado nesta quinta-feira (23/6) pela comissão, o trasvase deveria terminar, no ano hidrológico de outubro (1º de outubro), com um mínimo de 410 hectômetros cúbicos, o que supõe acrescentar 70 hectômetros cúbicos aos 340 trasvasados até a data de fechamento.
A comissão propõe ao Conselho de Ministros que o volume trasvasado não reduza as reservas em Entrepeñas e Buendía para baixo de 240 hectômetros cúbicos.
Especialistas decidiram criar uma comissão com representantes da Confederação Hidrográfica do Segura e com o sindicato de irrigadores para começar a trabalhar nas próximas semanas para realizar atuações contra a seca. (El Mundo, 24/6)