Ação atrapalha uso de transgênicos
2005-06-24
Os questionamentos judiciais à Lei de Biossegurança e à autoridade para que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) delibere sobre o licenciamento ambiental para produção de transgênicos podem atrasar o acesso do produtor brasileiro à tecnologia. A análise é do diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Monsanto Brasil, Ricardo Miranda, referindo-se à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) encaminhada ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles.
Juntamente com o PhD em Genética e professor da Ufrgs, Luiz Carlos Federizzi, o dirigente participou do debate A inserção do Brasil na conquista e na ampliação dos mercados internacionais - a importância e a influência da biotecnologia e da biodiversidade no agronegócio. Ambos não acreditam que a Adin possa interferir no processo de adoção da biotecnologia, mas todo esse imbróglio, frisou Miranda, faz demorar a avaliação das solicitações para liberação de novas ferramentas biotecnológicas aprovadas ou em estudo em outros países. - Fizemos, por exemplo, o pedido para que possamos trabalhar no Brasil com tecnologia de resistência a insetos combinada com tolerância a herbicidas para cultivo de milho. Já está em curso registro para o milho tolerante a insetos e, para a safra 2006, algum trabalho de resistência à lagarta da soja, a ser desenvolvido na unidade de Não-Me-Toque, que retomou atividade. (Página Rural, 23/06)