Pesquisadores desenvolvem cicatrizante à base de planta do cerrado
2005-06-23
Pesquisadores da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), no interior do estado, desenvolveram um remédio cicatrizante à base de uma árvore típica do cerrado, o barbatimão. Por enquanto, o tratamento é oferecido apenas em um ambulatório de Ribeirão, mas o objetivo é produzir o medicamento em escala industrial.
A pesquisa, que durou cinco anos, foi realizada no Laboratório de Biotecnologia Vegetal da Unaerp. O remédio é produzido a partir da casca do barbatimão e, do extrato da planta, é retirado o princípio ativo. Segundo o pesquisador João Carlos Oliveira, o barbatimão já tinha uso popular com essa finalidade.
A partir de então, foram realizadas pesquisas para determinar a forma farmacêutica que fosse estável e que pudesse ser aplicada em pacientes - disse. Um laboratório de Ribeirão fornece a principal matéria-prima do medicamento. Por meio de clonagem, são produzidas novas plantas de barbatimão que, depois de grandes, vão resultar na produção de pomadas e sprays. Entre os pacientes beneficiados pelo novo medicamento, estão usuários de cadeiras de rodas que acabam adquirindo feridas com o longo tempo de uso do equipamento. (O Globo Online, 22/06)