Para Monsanto, ação atrasa acesso à tecnologia
2005-06-23
Os questionamentos judiciais à Lei de Biossegurança e à autoridade para que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) delibere sobre o licenciamento ambiental para produção de transgênicos podem atrasar o acesso do produtor brasileiro à tecnologia. A análise é do diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Monsanto Brasil, Ricardo Miranda, referindo-se à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) encaminhada ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Juntamente com o PhD em Genética e professor da Ufrgs, Luiz Carlos Federizzi, o dirigente participou do debate - A inserção do Brasil na conquista e na ampliação dos mercados internacionais - a importância e a influência da biotecnologia e da biodiversidade no agronegócio . Ambos não acreditam que a Adin possa interferir no processo de adoção da biotecnologia, mas - todo esse imbróglio - frisou Miranda, faz demorar a avaliação das solicitações para liberação de novas ferramentas biotecnológicas aprovadas ou em estudo em outros países. — Fizemos, por exemplo, o pedido para que possamos trabalhar no Brasil com tecnologia de resistência a insetos combinada com tolerância a herbicidas para cultivo de milho – disse. Já está em curso registro para o milho tolerante a insetos e, para a safra 2006, algum trabalho de resistência à lagarta da soja, a ser desenvolvido na unidade de Não-Me-Toque / que retomou atividade. Para Federizzi, à CTNbio devem ser atribuídas as decisões nesse campo. (CP, 21/06)