Dissidente do Greenpeace defende OGM
2005-06-21
O Canadense Patrick Moore é a favor das lavouras transgênicas, do uso de agroquímicos, da energia nuclear e da biotecnologia. Tudo isso poderia ser banal se Moore não tivesse sido dos criadores do Greenpeace, ONG que ajudou a fundar e presidiu nos anos 70. Execrado pelos ex-companheiros que o atacam em páginas na internet e que, entre as qualificações mais elogiosas o chamam de aquele gordo mentiroso, Moore, de 58 anos, defende empresas como a Monsanto, diz que a agricultura pode e deve avançar sobre a Amazônia e critica a campanha que ambientalistas europeus fizeram na Zâmbia com o slogan better dead than GM feed (algo como antes morto do que alimentado por transgênicos).
Cientista de formação e Ph.D. em Ecologia, Moore participa da Convenção Internacional Bio 2005, na Pensilvânia, onde concedeu entrevista à Gazeta Mercantil. Segundo o ex-ambientalista, os ecologistas radicais querem preservar o meio ambiente e se esquecem de que o homem também faz parte desse sistema. – O meio ambiente ficou em primeiro plano e as necessidades e o bem estar do ser humano, em segundo. Por isso, eles toleram que as pessoas na África morram de fome, mas não aceitam que elas se alimentem de transgênicos embora não haja nenhuma evidência científica de que os organismos geneticamente modificados (OGMs) façam mal à saúde humana – afirma Moore. (GM, 21/06)