A refinaria independente de petróleo Valero Energy Corp., da Califórnia, concordou em gastar US$ 700 milhões para cortar a poluição em suas instalações, segundo informaram o Departamento de Justiça e a Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA), no final da semana passada.

A Valero também concordou em pagar US$ 5,5 milhões em multas civis e em gastar mais o equivalente à mesma quantia (US$ 5,5 milhões) para cortar emissões adicionais e apoiar projetos ambientais na comunidade onde está instalada, segundo agentes reguladores federais.

Um acordo similar foi fechado entre a EPA e a refinaria Sunoco Inc, na última quinta-feira (16/6). As unidades de refino abrangidas pela Valero na Califórnia, no Colorado, em Louisiana, Oklahoma e no Texas serão afetadas pelo acerto. Da mesma forma, as refinarias da Sunoco em Ohio, Oklahoma e Pensilvânia. Esses estados também faziam parte do protocolo acordado.

O acordo da Valero faz parte da Iniciativa para Refinarias de Petróleo, que teve início em 1998 a fim de fazer com que refinarias norte-americanas adequem-se ao Clean Air Act, a mais importante legislação sobre qualidade do ar dos Estados Unidos. Os acordos são negociados de acordo com sentenças dadas pelo Departamento de Justiça.

A EPA disse que negociou acordos com companhias que operam 65% da capacidade de refino dos Estados Unidos. O chefe-executivo da Valero, Bill Greehey, disse que a ampla maioria de questões abrangida pelo acordo com a EPA eram problemas com permissões que precederam a compra das refinarias da Valero. — Estamos felizes por termos completado o acordo e estamos ollhando adiante para trabalhar com a EPA nos Estados, para implementá-los, disse Greehey. — Nossa ênfase era em prover tecnologia de hardware no estado-da-arte e tecnologia para reduzir as emissões, mais do que focar em restrições operacionais para atingir a redução das emissões.

A unidade de San Antonio da Valero expandiu-se rapidamente desde 1998 com a compra de 13 refinarias nos Estados Unidos, Canadá e Aruba. A companhia concordou em adquirir a rival Premcor Inc., que opera quatro unidades de refino, por US$ 6,9 bilhões, neste ano. O acordo aguarda a aprovação da Comissão Federal de Comércio.

Já a Sunoco com sede na Filadélfia concordou em desembolsar US$ 285 milhões para comprar equipamentos de redução da poluição e em pagar US$ 3 milhões em penalidades civis, bem como US$ 3,9 milhões em outros projetos ambientais. Como parte do acordo da Valero, a Tesoro Corp., que comprou a refinaria Golden Eagle, da Valero, em Martinez, na Califórnia, em 2002, pagará por projetos visando à redução das emissões naquele local. (Fonte: Los Angeles Times, 20/6)