Operação Curupira: Qualidade do papel é que dava preço à ATPF
2005-06-20
O livre comércio ilegal de ATPFs tinha um mercado de preços variados. Dependendo da qualidade do papel (originalmente é fabricada em papel-moeda), e da falsificação, o documento valia entre R$1,6 mil e R$ 2,5 mil, de acordo com o interventor do Ibama, Elyelson Ayres Souza. Entretanto, no esquema desarticulado pela Polícia Federal era comum que o comércio ficasse por R$ 2 mil, sendo metade para o despachante (que intermediava a venda) e a outra metade para o fiscal do Ibama. Para acabar em definitivo com essa revenda estuda-se a criação de um sistema on line, em que a emissão do documento seria realizada on-line com o órgão em Brasília.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema que agia no Ibama/MT atuava na liberação irregular de ATPFs, no desvio de ATPFs (para outros estados), falsificação, esquentamento de ATPFs, inserção de dados, além da venda de termos de ajustamento de conduta falsificados. Na fraude havia ainda a ATPF calçada, ou seja, em uma via da documentação anotava-se um montante de madeira