Governo português quer criar Plano Nacional para as Florestas até 2006
2005-06-20
O governo português pretende criar, até ao início de 2006, um Plano Nacional para as Florestas (PNF) que deverá articular os problemas do setor e os apoios financeiros disponíveis, disse, na sexta-feira (17/6), o director-geral de Recursos Florestais. –O PNF pretende encaixar preocupações e problemas a resolver com as fontes de financiamento e programas comunitários de apoio, declarou Francisco Castro Rego à margem de um seminário sobre desertificação que ocorreu na sexta-feira (17/6), no Instituto Superior Técnico.
O diretor-geral de Recursos Florestais considera que a grande dispersão de programas, que estão distribuídos por várias áreas dificulta em muitos casos a resolução dos problemas e, por isso, o PNF vai estar particularmente direcionado para este objetivo.
–O PNF vai ter metas quantificadas e identificar responsáveis por cada área, acrescentou, além de dar ênfase às responsabilidades directas do Estado nas matas nacionais e nos baldios. –A defesa da floresta é fundamental, senão não é possível investir. Não se consegue uma economia saudável com esta taxa de risco, comentou Rego. Para ultrapassar as dificuldades da propriedade fragmentada, de acordo com ele, o governo pretende constituir zonas de intervenção florestal, cujo modelo está ainda a ser trabalhado.
O PNF vai ter também contribuições do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra os Incêndios cujos resultados deverão ser apresentados até ao final de setembro. O responsável pelos Recursos Florestais assinalou ainda que a floresta tem de ser vista como parte da solução no combate à desertificação. (Ecosfera, 17/6)