O secretário estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta, destacou a importância do programa sobre biogás, anunciado pelo governo federal nesta semana, que pretende utilizar os aterros sanitários e os lixões como forma alternativa para produção de energia. A ação será dos Ministérios do Meio Ambiente e das Cidades.

O biogás, produzido a partir da decomposição destes produtos, poderá trazer benefício financeiro ao País em troca de créditos de carbono prevista pelos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). O Brasil participa deste mercado desde a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, no início deste ano. Estima-se que a soma desta comercialização gire em torno de US$ 10 bilhões nos próximos anos. Além do benefício financeiro, os principais gases produzidos , o dióxido de carbono, resultado da queima indevida dos materiais realizada costumeiramente, e o metano, fruto da decomposição de compostos orgânicos, deixarão de ser emitidos na atmosfera, diminuindo o efeito estufa e o aquecimento global. No Rio Grande do Sul foram beneficiados três municípios: Porto Alegre, Passo Fundo e Gravataí.

Foram selecionados 30 municípios entre as 200 maiores cidades do país com mais de 118 mil habitantes, onde concentra-se 51% da população, produzindo diariamente 96 mil toneladas de lixo, 64% do total apurado no Brasil. (Sema, 17/06)