Ibama reprime corte ilegal de madeira no Paraná
2005-06-16
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) está realizando no Paraná duas operações, Campos de Palmas e Serra da Esperança, para reprimir o corte ilegal de árvores nobres no Paraná. Na região onde será criada a reserva Vida Silvestre dos Campos de Palmas, o Ibama já detectou 200 hectares de florestas queimados, incluindo espécies de araucária, imbuia, guamirim, canela-preta e xaxim.
O crime aconteceu em uma das cinco áreas onde o Ministério do Meio Ambiente pretende criar Unidades de Conservação para proteger a araucária no estado. A unidade de conservação Vida Silvestre deverá ocupar 16,4 mil hectares em General Carneiro e Palmas, no sul do Paraná.
Segundo o superintendente do Ibama no Paraná Marino Gonçalves, a documentação da empresa responsável, cujo nome será divulgado posteriormente, está sendo analisada e a multa ao proprietário deverá ficar próxima de R$ 1,5 milhão. Gonçalves afirma que este tipo de crime ambiental reforça a necessidade da Justiça Federal rever as duas liminares que proíbem a criação das unidades. Setores produtivos e alguns agricultores recorreram à Justiça alegando que as unidades de conservação poderão trazer prejuízos à região.
Ele argumenta que o impacto sobre a produção no Paraná será mínimo, pois dos 96 mil hectares destinados a áreas de proteção, apenas seis mil hectares são formados por áreas produtivas. Além disso, ele explica que, entre os 96 mil hectares, 48 mil são áreas públicas. Para Gonçalves, muitos dos agricultores contrários às unidades de conservação estão depredando as matas.
Na região de Guarapuava, o Ibama já constatou que das imbuias centenárias, algumas com 500 anos, restou parte dos troncos. Agentes do Ibama e da Polícia Federal detectaram 30 áreas de desmatamento na região. (Terra Notícia, 16/06)