Dizer não a transposição do Rio São Francisco, um projeto de obras do governo federal, que pretende desviar suas águas para bacias de outros rios, com a intenção de acabar com a seca e sede no Noredeste setentrional. Este foi o principal tema discutido e debatido na abertura do VI encontro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). O evento realizado no palácio das Artes, em Belo Horizonte, contou com a presença dos governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, da Bahia, Paulo Souto e de Sergipe, João Alves Filhos; os principais cortados pelo rio.

O principal argumento dos estados é de que o projeto que o governo está impondo é completamente ilegítimo e inviável. O medo dos governadores é que, querendo fazer às pressas, o governo de Lula cause um grande impacto ambiental, não resolva a situação da falta da água e ainda gaste uma grande quantia do dinheiro público – o custo total da obra será de R$ 4,5 bilhões. Segundo Aécio Neves, as inteligências ambiental mineira e dos dois outros estados presentes no encontro são contra esta transposição. Ele afirma que mesmo Minas Gerais, responsável por 73,5% da agia do rio, considera que esta não é uma questão apenas de seu estado, e sim, complexa para todo o Brasil. (GM, 16/06)