Conselho discute situação dos guaranis no Rio Grande do Sul
2005-06-16
O futuro dos índios caingangues e guaranis no Estado, organizados em tribos remanescentes em áreas ainda não reconhecidas, foi discutido por representantes do Conselho Missionário Indigenista do Estado (Cimi), ligado à CNBB. - É preciso resgatar a luta pela terra e fornecer condições mínimas de vida - , disse o diretor do Cimi, Roberto Liebgott.
Segundo ele, a preocupação com os índios cresceu com a ocupação de caingangues no Morro do Osso, em abril de 2004, e o aumento de índios nas ruas da Capital, vendendo ou mendigando. Os especialistas do conselho traçaram perfil das meninas-mães em Porto Alegre. As que não vendem são guaranis oriundas da Lomba do Pinheiro, Canta Galo e Estiva (após a RS 40). As índias que vendem são caingangues da Lomba do Pinheiro, Vila Safira e Morro do Osso. O Estado tem 14 mil caingangues, que aguardam a demarcação de 15 áreas. Os 2 mil guaranis esperam por seis áreas. (CP, 16/06)