Técnicos da USP ampliarão rede sismográfica em Nova Prata
2005-06-16
O Grupo de Sismologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) coletou dados durante duas semanas, em Nova Prata, para identificar o epicentro de tremores sentidos desde janeiro por moradores da periferia. Apesar das descobertas, ainda será necessária a instalação de mais três estações sismográficas para definir as causas do fenômeno. As unidades começam a ser montadas hoje e se somam a outras quatro da Rede Sismográfica de Nova Prata (RSNP), implantada em maio.
O engenheiro Luís Galhardo Filho está na cidade e, na sexta-feira, chega o professor Jesus Berrocal, ambos do Grupo de Sismologia da USP, para colocar os equipamentos. Relatório preliminar dos especialistas atesta a constatação de atividade sísmica na região, de baixíssima magnitude, variando de 0,2 a 0,6 na escala Richter. O coordenador da Defesa Civil do Estado, major Aroldo Medina, disse que, como é inferior a um grau, não oferece risco à população nem ao patrimônio.
Ainda conforme o documento, não foi possível determinar o mecanismo focal dos eventos porque seus epicentros estão foram da RSNP. O mecanismo focal é que permite saber se o sismo está associado ao movimento de alguma falha e qual o tipo dessa falha.
O engenheiro Galhardo explicou que, no próximo sábado, será induzido um sismo para calibragem do equipamento. Para tanto, às 16h ocorrerá a detonação de 100 quilos de dinamite na principal região dos tremores. Para informar e tranqüilizar a população, foi marcada um reunião, às 10h de sábado, na Câmara de Vereadores. (CP, ZH, 16/06)