O Módulo II do Programa Pró-Guaíba será lançado no dia 2 de agosto, no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito pelo governador Germano Rigotto ontem (15/6) durante audiência com a Comissão de Saúde e Meio Ambiente e autoridades ligadas ao meio ambiente, no palácio do governo.

Para diluir as críticas ao fracasso do programa até agora, Rigotto pretende fazer do lançamento um grande evento com a participação dos deputados, os três níveis de governo, bancada federal gaúcha, prefeituras municipais, Ministérios Públicos Estadual e Federal e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O governador afirmou que, independente da renovação do contrato com o banco, novas ações deverão ser iniciadas. —Existe também uma alternativa de a Corsan participar do projeto e prefeituras municipais também buscarem recursos. Temos que trabalhar em conjunto-, disse, referindo-se à previsão de gastos em US$ 171,3 milhões.

Rigotto aproveitou a oportunidade para criticar a imprensa. Segundo ele, em momento algum o governo se manifestou sobre a possibilidade da não-implantação do Módulo II, conforme divulgado amplamente pelos veículos de comunicação do Estado. — Acabar o Módulo I não significa o fim do projeto-, criticou.

Ele pediu apoio à Comissão de Saúde com relação a tramitação do projeto que será apresentado ao Tesouro Nacional. O presidente Pedro Westphalen (PP) vai encaminhar o pedido à representação política gaúcha, em Brasília. — Se estamos aqui defendendo esse projeto é porque acreditamos nele também como questão de saúde pública. Vamos priorizar as ações pela importância do assunto-, garantiu.

O deputado petista Edson Portilho, foi solidário. — Compartilho do momento de dificuldade do Estado mas estou preocupado com os prazos-, acrescentou. O secretário do meio ambiente de Porto Alegre, Beto Moesch, enfatizou a necessidade de divulgação do programa, inclusive, aos prefeitos porque muitos o desconhecem. — Não conhecem a sua plenitude e muitos pensam que o PG apenas faz tratamento de esgoto e compreende apenas a grande Porto Alegre-, disse.

O Pró-Guaíba foi instituído em 1989 e corresponde a 30% de áreas verdes do Estado, formada por nove bacias hidrográficas e que abrange mais de 250 municípios. Na primeira fase o Pró-Guaíba consumiu US$ 223,2 milhões em ações de saneamento, educação ambiental e recuperação de áreas verdes, sendo que deste valor 60% foi oriundo do BID e o restante do Estado.

Os participantes do encontro já ficaram responsabilizados pela formatação do projeto. O grupo de trabalho se reunirá na próxima semana no Parlamento gaúcho para avaliar um documento já elaborado, segundo informou a consultora técnica do Pró-Guaíba, Ana Elisabete Carara. — O documento, inclusive, já foi analisado pelo BID-, completou. (Com informações da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul)