A Espanha sofre uma desertificação em mais de um terço de sua superfície, somados todos os parâmetros - erosão, freqüência de incêndios e condições climáticas -, segundo a subdiretora de Política Forestal e Desertificação, María Jesús Rodríguez de Sancho. A desertificação como decorrência da erosão é um risco que não esxiste e está sendo estudada no Ministério do Medio Ambiente, que está realizando um Inventário Nacional de Erosão de Solos (INES) em cinco províncias por ano. Já estão concluídos os seminários das Comunidades Autônomas de Asturias, Baleares, Cantabria, Catalunha, Galicia, Madri, Murcia, Navarra e La Rioja e, possivelmente, toda Espanha estará inventariada en 2012, anunciou Rodríguez de Sancho.

Nos Estados com maior erosão, não foram utilizados mais de um dos parâmetros para estudar a desertificação. Em outros são a freqüência dos incêndios florestais, as condições climáticas (precipitações, seca) ou o índice de aridez. Para a ocorrência de incêndios, concorrem causas de erosão como práticas agrárias, uso abusivo de produtos agrícolas e uso inadequado de técnicas de irrigação. María Jesús Rodríguez de Sancho assinalou que o governo dispõe de estatísticas de incêndios muito completas desde os anos 60 e, por meio delas, deduz-se que a superfície incendiada mantém-se instável a cada ano. (El Mundo, 15/6)