Burocracia entrava liberação de sementes transgênicas
2005-06-15
A demora na emissão de uma normativa pelo governo federal, regulamentando a cobertura do plantio com sementes transgênicas pelo Proagro Mais, preocupa o setor produtivo e a bancada ruralista. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) alerta para o risco de indeferimento de pedidos pelas instituições bancárias e lembra que já há empréstimos vencendo. Segundo o diretor-secretário da Fetag, Elton Weber, pelo menos 10 mil agricultores poderiam ser prejudicados.
O Banco Sicredi aguarda a normatização para só então liberar cerca de sete mil solicitações. - Nos falta a dispensa da inclusão da semente de soja transgênica no zoneamento agrícola - explicou o gerente de Controle de Crédito do Banco Sicredi, Cesar Gioda Bochi. Um dos critérios do Proagro Mais é que seja obedecido zoneamento agrícola, que estabelece época de cultivo, tipo de solo e cultivares permitidas.
No RS, 148 mil pequenos produtores que perderam com a estiagem receberão indenização e terão quitados seus financiamentos do Pronaf, estima o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Segundo Heinze, a regulamentação depende do Conselho Monetário Nacional (CMN). Mas o Banco do Brasil, que concentra cerca de 126 mil pedidos de Proagro Mais no RS, tem uma outra interpretação: basta que o agricultor tenha assinado o Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajuste de Conduta. A Fetag pretende cobrar do governo uma posição na próxima semana em Brasília. (CP, 15/06)