Cooperativas do Paraná vão adotar soja transgênica
2005-06-15
A adoção da soja transgênica por agricultores de cooperativas paranaenses começa na próxima safra. Sem receber um prêmio que compense a exclusividade de lavouras convencionais, os produtores poderão plantar a variedade geneticamente modificada. A migração deve ser lenta, diluída nos próximos anos. Segundo cálculos preliminares, a soja transgênica leva a uma economia um pouco superior a US$ 20 por tonelada. No momento, os traders (empresas que negociam contratos de exportação) não aceitam pagar essa diferença na compra do grão convencional. O bônus máximo não passa de US$ 5 por tonelada.
Quatro cooperativas garantem ter capacidade técnica para separar a safra geneticamente modificada, o que acarretará custo maior para o importador. Um exemplo desse movimento de mercado ocorre na Coamo, maior cooperativa do país. Ela comprará 150 mil sacas de sementes transgênicas da Embrapa e da Coodetec, para gerar grãos e plantar lavouras comerciais. As lavouras convencionais continuarão, mas dependerão da disposição de importadores para pagar mais pela segregação. (Página Rural, 14/06)