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2005-06-14
Em função da divulgação da Lista Suja da Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente, (Amda), ocorida no início desta semana, em que são enumerados os principais responsáveis pela degradação ambiental em Minas e no País, a Energética Barra Grande S.A. (Baesa) divulgou na sexta (10/06) uma nota explicativa, defendendo-se da acusação de redução da área de cobertura florestal primária de 2077 hectares para 702, entre outros itens, em função da Usina Hidrelétrica de Barra Grande, construída no Rio Pelotas, na divisa dos Estados de Santa Catarina e Paraná.

A Baesa afirma que, em momento algum, foi informada sobre a inclusão de seu nome na Lista Suja elaborada pela Amda e lamenta o tratamento dado pela organização ambientalista à construção da usina. Para a empresa : — este posicionamento revela que o interesse destas organizações não está em solucionar a questão ambiental, e sim em polemizar sobre o assunto. De acordo com a nota: — todas as informações sobre as ações ambientais realizadas na usina foram entregues aos órgãos ambientais e, até que a Licença de Operação seja concedida ao empreendimento, a Baesa não tomará qualquer atitute a respeito das acusações infundadas feitas ao empreendimento.

A empresa alega que o relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) do empreendimento Barra Grande, realizado pela Engevix, e solicitado pela Aneel, foi elaborado anteriormente ao leilão de concessão do empreendimento, no qual, em processo competitivo, foi a vencedora.

— As araucárias, bem como a vegetação primária presente no local a ser alagado, foram assinaladas pelo Ibama, somente quando a Baesa apresentou o inventário florestal da região a ser desmatada para garantir a qualidade da água no futuro reservatório da usina - diz a empresa. Com a constatação da diferença de vegetação entre o estudo e o inventário florestal, a entidade diz que foram definidas uma série de ações compensatórias para a realização do corte de árvores, inclusive um ônus adicional de R$ 30 milhões investidos em novas ações de compensação ao impacto ambiental provocado pela usina.

Outra solução para o problema foi — o salvamento do germoplasma das espécies ameaçadas de extinção, garantindo sua perpetuação, o plantio de 1 milhão de mudas, das quais 100 mil araucárias, e a aquisição de área equivalente a que será alagada, para preservação ambiental. Segundo a empresa, da floresta de Mata Atlântica atingida, a maior parte ficará acima da área de alagamento, protegidas em Áreas de Preservação Permanente.

Ainda segundo a nota, — o funcionamento da Usina Hidrelétrica de Barra Grande, que recebeu mais de R$ 1 bilhão em investimentos, é considerado essencial na garantia do abastecimento de energia elétrica do País. Para terminar, a empresa argumenta que quando entrar em atividade, a usina terá uma potencia máxima instalada de 690 megawatts, o que corresponde a 30% da demanda por energia elétrica do Estado de Santa Catarina, ou a 20% do total de energia consumida pelo Rio Grande do Sul. O documento é subscrito pelo diretor superintendente, Carlos Alberto Bezerra de Miranda. (UAI/estado de Minas, 10/06)

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