Japonês chega para analisar suposta contaminação por mercúrio em Cachoeirinha
2005-06-14
O médico Komyo Oto, diretor-geral do Instituto Nacional de Doença de Minimata do Japão, este em Cachoeirinha na semana passada para colher amostras de cabelo das pessoas suspeitas de contaminação por mercúrio. Komyo chegou à escola municipal Carlos Wilkens acompanhado de um grupo de médicos e funcionários da Amrigs (Associação de Médicos do RS) As amostras de cabelo serão levadas para exames no Japão, de onde será emitido um parecer final sobre o caso. Komyo também confirmou o interesse do Ministério do Meio Ambiente de seu país em construir em Cachoeirinha uma sede do instituto. A secretária municipal do Meio Ambiente, Carmem Lóis, se comprometeu de entregar à Amrigs um protocolo de intenções sobre os investimentos. Com a construção da sede do instituto em Cachoeirinha, a cidade se transformaria em uma referência em toda a América Latina, onde seriam feitos exames toxicológicos envolvendo suspeitas de contaminação por mercúrio.
Um galão com aproximadamente cinco quilos de mercúrio foi encontrado num depósito de sucata abandonado no bairro Veranópolis, em janeiro. O material acabou chegando nas mãos das crianças, que levaram a substância para a escola. Acionada pelas professoras, as secretarias do Meio Ambiente e da Saúde agiram rápido. Identificadas as 25 pessoas que tiveram contato com o mercúrio, a prefeitura promoveu um mutirão para prestar consultas clínicas e colher amostras de urina, que foram levadas para exames em São Paulo. O resultado foi divulgado semana passada, sem nenhuma confirmação de contaminação. O médico japonês, que esteve em Porto Alegre explicou que amostras de cabelo apresentam resultados bem mais precisos que a urina. (JC, 14/06)