Artesanato salva flores do cerrado mineiro da extinção
2005-06-13
A sempre-viva, uma pequena flor nativa do cerrado em Minas Gerais, não sofre alteração de forma ou cor quando colhida ou desidratada, daí seu nome. Mas além do nome, essa característica rendeu a planta longos anos de exploração incorreta e levou duas espécies, a pé-de-ouro e a vargeira à beira da extinção. Preocupada com o desaparecimento das flores, a comunidade do distrito de Calheiros, município de Diamantina, iniciou há seis anos junto à Emater, ao Instituto Estadual de Florestas e à ONG Terra Brasilis, um projeto para recuperar as flores.
São cerca de cinco mil pessoas vivendo da extração de flores secas na localidade do entorno da sede de Diamantina. Em Calheiros, 35 das 45 famílias locais se sustentavam da extração e venda das flores. O artesanato foi a alternativa para diminuir a exploração e aumentar a renda dos trabalhadores, que também se dedicavam à agropecuária. (JC, 13/6)