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2005-06-13
Sustentado economicamente por contrato de garantia de compra da sua energia por 20 anos, firmado com o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfra) do Ministério de Minas e Energia, o segundo maior parque eólico do mundo, da empresa Ventos do Sul Energia, localizado em Osório, poderá ser visualizado da freeway a partir de outubro, quando começará a implantação dos primeiros aerogeradores. Os propulsores de três pás com 35 metros de comprimento cada uma serão sustentados por torres de 98 metros de altura. Até dezembro de 2006, os 75 aerogeradores do parque estarão lançando 150 megawatts (MW) no sistema elétrico, finalizando um investimento de R$ 662 milhões.

No comando do empreendimento estão a Enerfin do Brasil, controlada pelo grupo Elecnor (Espanha), com 91% do controle, e a Wobben Windpower, subsidiária da Enercon (Alemanha), titular de 9%. Em conjunto com a Intercon, as empresas criaram a Ventos do Sul Energia, operadora da usina, diz o presidente da Enerfin, Telmo Borba Magadan. Segundo o presidente da Wobben, Pedro Vial, o parque terá três sítios, com 25 aerogeradores cada. Uma máquina tem potência de 2 MW e vida útil média de 20 anos, tempo do contrato com o Proinfra. A energia será comprada pela Eletrobrás.

No parque eólico de Osório, no entorno da Lagoa dos Barros, serão montados os pré-moldados, anéis de concreto de formação das torres. As peças começarão a ser fabricadas em julho pela empresa Ernesto Woebcke, de Gravataí. Ao mesmo tempo, na área da usina se iniciam os trabalhos de análise do solo, as obras civis, a abertura de vias de acesso aos aerogeradores, as valas de implantação dos cabos elétricos e as fundações. Algumas torres necessitarão de fundações com 30 metros de profundidade. Serão criados mais de mil empregos diretos e indiretos. O Proinfra destinou 1,4 mil MW para a viabilizar a energia eólica no Brasil - eram 1,1 mil MW, mas sobraram 300 MW da cota de energia de biomassa.

Conforme o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, o RS tem no Proinfra direito a 220 MW de produção de energia eólica. Os projetos de investimento, aprovados deste tipo de energia já acumulam 330 milhões de dólares. Segundo Andres, o Proinfra deverá pagar cerca de R$ 202,00 - valor de hoje - por MWh eólico. No calendário de implantação dos sítios, o primeiro deles, com 25 aerogeradores montados (total de 50 MW), estará concluído em maio de 2006 em condições de operar comercialmente. O segundo estará pronto em agosto e o último até dezembro de 2006. .(CP, 13/06)

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