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2005-06-10
Aproveitamento da água subterrânea e adoção de projetos de reuso da água pelas empresas. As duas alternativas foram apontadas pelo professor do Instituto de Estudos Avançados da USP e consultor da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos, Aldo da Cunha Rebouças, como recursos indispensáveis no Brasil durante a crise dos recursos hídricos, enfrentada mundialmente.

Em sua palestra na mesa-redonda Água: Uso privado de bem público, promovida ontem (9/6) pela Conferência Internacional 2005 do Instituto Ethos Empresas e Responsabilidade Social, em São Paulo, o professor Rebouças defendeu que a água é um direito de todo cidadão politicamente honesto. Para que isso aconteça de fato, insistiu que faltam no país políticas publicas e privadas de uso avançado e racional dos recursos hídricos.

— O Brasil pensa ter direito ao uso e ao abuso da água. Já está mais do que na hora de mudar essa mentalidade-, afirmou o professor, ressaltando que a característica de perenidade de 90% dos nossos rios abala a consciência coletiva de que é necessário planejar, eticamente, o uso da água. Entretanto, a falta de engenharia, inclusive de educação ambiental da população (para impedir irresponsabilidades como o descarte de lixo nas ruas, por exemplo), pode colocar em risco a oferta de água limpa e potável no país – exatamente o que apresenta maior disponibilidade de água doce do mundo.
O sinal de alerta já está dado se considerarmos que as doenças de origem hídrica são hoje a maior causa de internações e tratamentos na rede SUS, temos no país 15 mil áreas contaminadas com populações expostas e apenas 20% dos esgotos nacionais recebem algum tipo de tratamento.

Segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, a crise mundial da água tem origem em três principais fundamentos: ineficiência na oferta, desperdício e mau uso e degradação da qualidade, em níveis nunca antes imaginados. Por causa principalmente desses problemas, um bilhão de pessoas hoje não têm acesso a água potável e 2,5 bilhões de pessoas não são beneficiadas por esgoto tratado no planeta.

No Brasil, na análise do professor Aldo Rebouças, falta empenho político, em todas as instâncias, para que o uso da água seja racional. — Todo ano ocorrem enchentes e nunca se vê um político que busque uma solução para o problema. Da mesma forma, as empresas têm de ser éticas no tratamento da água que descartam-, sustentou. Na sua opinião, o reuso da água, sequer previsto em qualquer de nossas legislações, pode ser adotado como uma ferramenta, lucrativa para a empresa, de economia de custos e de atração e fidelização de consumidores conscientes, como acontece nos países mais desenvolvidos.

70% da água é usada na agricultura de negócios
Enquanto as providências não avançam, torna-se leviano exigir conscientização apenas da população. — Enquanto se recomenda banho de apenas cinco minutos, 70% dos recursos hídricos brasileiros são usados de forma perdulária na agricultura de negócios, nossa Justiça ignora aspectos ambientais e os governos continuam desconsiderando a apresentação de qualidades de desenvolvimento sustentável das empresas quando promovem suas licitações-, exemplificou Leonardo Morelli, secretário geral da Defensoria da Água, também palestrante da mesa-redonda da Conferência Internacional do Instituto Ethos.

José Machado, diretor-presidente da ANA – Agência Nacional de Águas, complementou afirmando que, ciente de que o recurso é finito, a sociedade brasileira começa a se organizar para construir um processo de gestão racional da água. O aproveitamento de águas das chuvas deve ser um dos aspectos contemplados. (Com informações do Instituto Ethos)

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