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2005-06-09
O secretário de Indústria, Comércio e Mineração de Mato Grosso, Alexandre Furlan, colocou o cargo à disposição do governador Blairo Maggi, ontem. Furlan deixou a cargo do governador decidir se é necessário seu desligamento do governo do Estado por causa de supostas acusações de envolvimento no esquema de corrupção no Ibama.

Ele teria sido citado em conversas telefônicas entre empresários que consideram o secretário como facilitador na liberação para exploração de madeiras e de minérios. O governador Blairo Maggi reafirmou confiança e manteve o secretário. Furlan prometeu processar o empresário que cita sem nome e apresentou documentos da Justiça que comprovam a liberação da mineradora Casa de Pedra, na Chapada dos Guimarães, por decisão judicial. Na segunda vez que a mineradora voltou a funcionar, a autorização ocorreu através de ajustamento de conduta feito no próprio Ministério Público Estadual.

- Vou procurar meus direitos da Justiça, disse o secretário, que foi convencido a não acionar judicialmente a Revista Época, mas sim o empresário Evandro Trevisan, que teria citado seu nome e inclusive o do ministro da Indústria e Comércio, Luiz Furlan, que é primo do secretário. Alexandre Furlan demonstrava indignação por seu nome ter sido citado no inquérito da Polícia Federal. O secretário contestou ainda a conduta do jornalista da revista Época, que o entrevistou e - publicou a matéria apesar das explicações.

O secretário admitiu que chegou a interceder pela Mineradora Casa de Pedra junto ao então secretário da Fema, Moacir Pires, mas tudo dentro da lei e da ordem. “Solicitei que o empresário fosse atendido por um colega de Estado, nada mais”, disse Furlan, lembrando que falou ao empresário que procurasse a Justiça para garantir que seus direitos fossem respeitados.

De posse de cópias de decisão Judicial do Juizado Volante Ambiental, Juvan, assinado pelo juiz José Zuquim, e do termo de ajustamento de conduta feito no Ministério Público, ambos pelos proprietários da Mineradora Casa de Pedra, Alexandre Furlan frisou que dá o caso por encerrado e que não deseja mais falar a respeito do assunto.

O secretário fez reclamações a colegas de Estado de que o empresário que trabalha no poder público corre o risco de ter uma vida de trabalho prestado jogado fora. Furlan é casado com uma promotora de Justiça.

O secretário, que se reuniu na noite de segunda-feira na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) de onde era presidente antes de assumir a secretaria de Estado, conseguiu apoio da instituição e foi procurado por vários segmentos da indústria de forma solidária. (Diário de Cuiabá, 08/06)

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