Barragens do Rio Tibagi são contestadas no Judiciário
2005-06-09
A Liga Ambiental, com a o apoio da União das Entidades Ambientalistas do Paraná
(UNEAP), protocolou uma ação civil pública, na Justiça Federal de Londrina, com o objetivo de anular o inventário de aproveitamentos hidrelétricos do Rio Tibagi e de obrigar a Aneel a aguardar que o Comitê de Bacia do Tibagi discuta e aprove o plano de uso da bacia, o qual deve contar com a participação ampla da população local para que tenha validade.
A ação é necessária e urgente ante o fato de que a Aneel pretende licitar as
concessões do Tibagi no segundo semestre de 2005, além de que um novo pedido de
licença prévia já está em andamento perante o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), para a construção da usina de Mauá (na divisa de Telêmaco Borba com Ortigueira), a qual pode vir a ser autorizada sem que o plano de bacia seja discutido com as comunidades locais.
A barragem de Mauá poderá alagar também uma área de megabiodiversidade remanescente da faixa de transição entre a floresta com araucárias (ombrófila mista) e a floresta com perobas (semidecídua), além de inviabilizar vários usos não predatórios dos recursos naturais. (Com informações da Liga Ambiental do Paraná)