Nenhuma proposta nova aos catadores de lixo em Santa Maria
2005-06-09
Catadores revoltados, prefeitura esperançosa, mas nenhuma solução imediata. Esse foi o resultado da reunião entre a prefeitura de Santa Maria e os catadores que trabalhavam no lixão da Caturrita, na manhã do dia 7. O encontro foi o primeiro desde que o juiz da 1ª Vara Civil, Régis Bertolini, determinou que a Brigada Militar proíba a entrada dos catadores no lixão. O juiz deu 10 dias para a prefeitura apresentar alternativa de trabalho para a categoria. Se isso não ocorrer, o lixão deve voltar a ser liberado.
Com o prazo correndo, a expectativa dos catadores era de que a prefeitura apresentasse alguma alternativa que lhes permitisse conseguir o mesmo dinheiro que ganhavam catando material no lixão. Lá, alguns chegavam a receber cerca de R$ 40 por dia. A prefeitura aproveitou a reunião apenas para fazer um relato das ações que estão sendo feitas desde que a Justiça bloqueou pela primeira vez a entrada dos catadores, no dia 16 de maio. Sem novas propostas, a revolta foi geral. Depois da reunião, os catadores deixaram as ruas perto do lixão. Os catadores voltaram a se reunir à noite, quando definiram as próximas ações do grupo. A partir do dia 8, eles prometem protestos em frente à prefeitura e ao Fórum. O vice-prefeito, Werner Rempel, disse que a prefeitura deve anunciar novas ações para os catadores ainda esta semana. A principal deverá ser a implantação de um galpão para reciclagem, no Km 2. A intenção da prefeitura é que os próprios catadores se organizem para fazer o recolhimento do material reciclável. (Diário de Santa Maria, 08/06)