O Ministério das Minas e Energia estuda, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o financiamento de empresas que participarão dos próximos leilões de energia. A informação foi dada, ontem (07/06), pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

Tolmasquim disse que, dentro de 15 a 20 dias, o BNDES deverá apresentar proposta preliminar ao ministério sobre a matéria. Destacou, contudo, que o projeto somente será divulgado depois de sua conclusão. O presidente da EPE garantiu que os leilões vão acontecer este ano e que isso independe do número de licenças ambientais que forem concedidas.

O leilão de energia nova prevê a inclusão de 17 projetos hidrelétricos. Maurício Tolmasquim não soube dizer quantos desses projetos já têm licenças, mas reiterou que o leilão ocorrerá de qualquer jeito, embora não tenha fixado uma data precisa. Esclareceu que caso a totalidade dos projetos hidrelétricos não venha a obter licença até a realização do leilão, o ministério preencherá a oferta com a inclusão de projetos de biomassa e de térmicas a carvão no pregão de energia nova.

Essa possibilidade não estava prevista inicialmente, uma vez que a expectativa era de colocar apenas em licitação os 17 projetos hidrelétricos. A nova opção objetiva evitar uma queda muito grande no volume de energia licitada, uma vez que os projetos de biomassa e das térmicas movidas a carvão já têm licença ambiental. (Agência Brasil, 07/06/2005)