A concretização das obras só foi possível, segundo Ribeiro, graças a uma permuta realizada entre a Universidade e o Governo do Estado, que em troca da liberação dos recursos, receberá um hospital que a Universidade possui em Bento Gonçalves. A UFRGS não quis divulgar os valores da transação, alegando que poderia causar constrangimentos, principalmente pela greve dos servidores. Um dos problemas levantados na consulta pública, que considerou aspectos como vegetação, drenagem, meio biótico e levantamento florístico, foi a questão dos maquinários, que durante as obras, poderiam causar impacto sobre a vegetação do local. A alternativa poderá ser o recolhimento das máquinas e equipamentos durante a noite para as oficinas perto das obras, além da fiscalização por parte do setor de Controle de Vegetação da Universidade. O controle da velocidade no anel viário, também foi questionado. -A velocidade dos veículos será controlado por equipamentos eletrônicos e sinalização apropriada, afirma Ribeiro. Biólogos e alunos da UFRGS, aproveitaram a oportunidade da audiência pública para as obras do novo Anel Viário e solicitaram a criação de um Parque de Preservação Natural dentro da Universidade. Ribeiro, porém admitiu a difícil relação da UFRGS com esses setores, principalmente no que se refere a realização de obras dentro do Campus. - A UFRGS tem que definir o âmbito das construções com base no número de alunos. Para aumentar vagas tem que aumentar o tamanho do Campus, afirma. Uma aluna do curso de biologia sugeriu, que ao invés de dois estacionamentos, fosse construído apenas um de dois andares. Ribeiro foi enfático: - Para fazer essa construção, a Universidade teria que cobrar pelo estacionamento, como nas universidades privadas. E isso dentro da universidade pública e gratuita, politicamente é suicídio. Eu não vou fazer!, conclui.