Agressão a Beto Moesch mobiliza ambientalistas
2005-06-08
Para Augusto Carneiro, presidente da PANGEA - Associação Ambientalista Internacional, mantenedora do AgirAzul, havia uma lenda de cemitério indígena na área que não devia ter sido divulgado porque não há comprovação nenhuma. Mas o então secretário municipal do Meio Ambiente achou bonita história e difundiu esta irresponsabilidade
Estas manifestações de Gerson Almeida deram origem, afirma Carneiro, à invasão oportunista dos índios o que redundou a esta gratuita e gravíssima agressão ao atual Secretário Municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch. - Esperamos que tudo seja solucionado a favor da natureza, porque a idéia de que os índios têm direito aos parques nacionais está prejudicando muito o Brasil – afirma. E concluiu - os parques tem um sinônimo: futuro!
Já para Edi Fonseca, presidenta da AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, o episódio demonstrou que os índios não estão preparados para viver em sociedade. E o Morro do Osso, aonde se alojaram, não é lugar para eles pois estão próximos a loteamentos de alto luxo ou de classe baixa. Afirma que não nos causou surpresa a agressão sofrida pelo Secretário Beto Moesch no Morro do Osso, em plena Semana do Meio Ambiente de Porto Alegre.
- Nós já estávamos trabalhando há muito tempo com o atual Secretário, quando ele ainda estava na Câmara de Vereadores para a retirada daqueles índios, considerando que eles estão em lugar inadequado. Os índios que estão no Morro do Osso não tem mais a mesma cultura tradicional indígena. O morro é uma área de preservação implantada dentro do perímetro urbano e não é adequado à habitação desta comunidade indígena. Quando visitamos o Morro do Osso em março, como Secretário, ele já tinha sido ameaçado de agressão por esta mesma comunidade ao reagir de forma violenta ao não deixar-se fotografar. Eles nos disseram que se tirássemos fotografias, iam nos tirar as máquinas e destroçá-las. Disseram também que se nós voltássemos ao Morro do Osso solicitar a saída deles, eles trariam mais pessoas para morar lá, o que a gente considerou um absurdo pois fomos lá porque depois o Secretário ia para Brasília ter uma audiência com a Funai, no começo de março, e ele quis ter um relato mais real. Os índios tem uma realidade de agressão tanto com o serviço público quanto com os moradores da região. Eles têm que ir para outro lugar. O episódio demonstra que não estão prontos para a convivência na sociedade, com os habitantes da cidade - afirmou Edi.
Na segunda-feira, uma representação do Núcleo Amigos da Terra - NAT/Brasil - esteve com o Secretário entregando flores e solicitando pronto reestabelecimento da agressão sofrida no sábado.
José Truda Palazzo Jr., presidente da IWC Brasil, direto da Coréia do Sul, onde está para participar da reunião anual da Comissão da Baleia, comentou em artigo que ao se agredir a sociedade no presente e comprometer o futuro em nome de reparar erros do passado contra as verdadeiras comunidades indígenas, se está gerando uma cultura de abuso, impunidade e crime para beneficiar bolsões de gente que de índio, tradicional ou harmônico com a Natureza não tem nada além de uma vaga cor da pele –e, até onde sei, isentar gente do cumprimento da lei pela cor da pele é racismo e é um crime a mais.
É hora de dar um basta a essa bandalheira. A AGAPAN convida para ato de Repúdio à Violência contra o Ambientalista Beto Moesch. Será hoje, quarta-feira (8/6), às 14 horas, no Armazém A - 5 do Cais do Porto.
Desgraçados e Fantasiados
A agressão covarde e criminosa ao Secretário Municipal de Meio Ambiente de Porto Alegre, Alberto Moesch, praticada há poucos dias pelos índios caingangues saídos sabe-se lá de onde, que invadiram o Parque Municipal do Morro do Osso, é só o resultado natural de se dar tanto palanque para quem não merece. Ao tentar avaliar a situação da invasão reiterada do Parque pelos tais índios, que se enfurnaram lá com seus barracos alegando direitos ancestrais a arrebentar com o pouco que resta de Natureza no meio urbano porto-alegrense, o Secretário foi brutalmente agredido por uma canalha que se acha acima da lei, e, pior, do interesse público e dos direitos de todos nós à proteção do patrimônio natural.
Por todo o país grupos que cospem no Direito e na cidadania, cada vez que se travestem com cocares ou pinturinhas de livro infantil, estão gerando um histórico de agressão criminosa à Natureza. Começou lá nos 500 anos, com a ocupação lesa-pátria do Parque Nacional do Monte Pascoal, de onde até hoje os invasores não foram expulsos; segue em reservas extrativistas como Arraial do Cabo, onde a população tradicional de pescadores vem escangalhando com a fauna marinha enquanto se perturba, atrapalha e proíbe o mergulho recreativo; e continua em casos de polícia como o de Porto Alegre, sem que ONG alguma tenha a coragem de peitá-los e à safada política de imobilismo oficial que os defende.
(Eco Agência, 08/06)