A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse domingo durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente em Brasília, não ter dúvidas de que o diretório do PT no Mato Grosso tomará as medidas necessárias em relação a filiados que estejam envolvidos em corrupção ou doações irregulares em campanhas eleitorais.

Reportagens veiculadas pela mídia neste final de semana mostram que o petista Alexandre Luís César, candidato derrotado à prefeitura de Cuiabá em 2004 recebeu doações de madeireiros para sua campanha. O noticiário também realimentou as suspeitas envolvendo o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Ele teria cedido uma rádio para Durval Monteiro, um amigo íntimo sem capital para investimentos empresariais.

— O PT da Amazônia, com certeza, vai extirpar de seus quadros todos aqueles que possam estar envolvidos com qualquer que seja a ilicitude .Segundo a ministra, — o PT não tem medo de cortar a própria carne. Fez isso por dentro da administração pública e tenho certeza que vai fazer isso no Mato Grosso, dentro da estrutura partidária - , disse a ministra.

Marina Silva disse que a operação da Polícia Federal começou por decisão do próprio Ministério do Meio Ambiente ao desconfiar, em 2003, da existência de um esquema interno de corrupção, e que, segundo as investigações, funcionava há 14 anos. Anteontem , o procurador da República em Cuiabá (MT) Mário Lúcio Avelar, afirmou, em documento apresentado à Justiça Federal, que o esquema montado para desmatamento ilegal tinha apoio do próprio diretor de Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, preso na quinta, que legalizava planos de manejo em terras indígenas e áreas de preservação. Até ontem 93 pessoas (47 servidores do Ibama) haviam sido presas. A Justiça Federal decretou a prisão de 127. (Últimas noticias UOL, 6/6)