Carro bicombustível já vende mais do que a gasolina
2005-06-07
Já se vendem no país mais veículos bicombustíveis do que movidos apenas à gasolina. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de automóveis e comerciais leves no país com motores flex fuel representaram 49,5% do total negociado, somando 67.560 unidades. A participação dos veículos movidos apenas à gasolina chegou a 43,3% (59.168 unidades). As vendas de veículos movidos apenas a álcool representaram apenas 2%, num total de 2.760 unidades. Os movidos a diesel representam 5,2% (7.049 unidades).
A participação dos bicombustíveis cresce mês a mês. Em janeiro passado elas representavam 26,9% do total. Os flex fuel começaram a ser vendidos no país no segundo semestre de 2003. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, divulgado na sexta-feira, o preço do álcool combustível caiu 10,51% no mês passado. O preço da gasolina recuou 0,94%. A gasolina é vendida com adição de 25% de álcool. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que o preço médio do litro do álcool combustível caiu 10,52% nas últimas quatro semanas. O litro custava em média R$ 1,14 há quatro semanas e baixou para R$ 1,02 na última coleta. Dependendo do posto, o consumidor consegue pagar menos de R$ 1 pelo litro do combustível. Na pesquisa da ANP é possível localizar postos cobrando R$ 0,76 o litro. O preço máximo é de R$ 1,499.
A queda no preço do álcool beneficia quem tem carro bicombustível. O preço do litro de álcool está custando metade do da gasolina, que em muitos casos ainda vem batizada com solventes. A pesquisa da ANP mostra que o preço médio do litro de gasolina na capital é de R$ 2,16. O mínimo não sai por menos de R$ 1,92. Em alguns postos, chega a custar R$ 2,499. Neste ano a safra da cana começou com um mês de antecedência para evitar a falta de álcool no país. Além disso, a queda do dólar fez com que as exportações reduzissem, aumentando a oferta do produto no mercado interno. (Globo Online, 06/06)