Cai a produção de petróleo no Alasca
2005-06-07
O petróleo continua jorrando dos poços no Alasca, na paisagem desolada das tundras do norte dos Estados Unidos. Mas os grandes campos não são mais os mesmos: os resultados da extração caíram cerca de 75% desde o seu pico de produção em 1987, e a expectativa é de que continue diminuindo. A Baía de Prudhoe, onde se localizam esses grandes campos no Alasca, espalha-se por uma área do tamanho do Condado Howard. Sua produção declinante reflete uma tendência nos Estados Unidos: após anos de expoloração, os campos de petróleo nos Estados Unidos estão rendendo menos.
Isto traz profundas implicações para a política energética do governo. Especialmente quando o presidente George W. Bush e membros do Congresso anunciam a necessidade de menor dependência do petróleo, os Estados Unidos estão se tornando cada vez mais dependentes, pois a demanda aumenta enquanto a produção diminui.
Empresas de petróleo como a BP estão tentando aumentar a vida útil de seus campos utilizando uma variedade de novas tecnologias para extrair mais óleo do solo. Nacionalmente, a produção diária de petróleo e gás natural caiu, em média, 7,2 milhões de barris por dia no ano passado – um declínio de 36% desde o pico da produção, nos anos 70, quando a produção em Prudohe Bay era de 450 mil barris por dia.
Nesta parte isolada do Alasca, bombear petróleo é um desafio desde que começou a produção, em 1977. As temperaturas ficam em 30 graus abaixo de zero, os empregados das companhias precisam voar para as proximidades do aeroporto de Deadhorse e ficar lá por vários dias, permanecendo em dormitórios, pois não existe atividade urbana nas áreas de exploração e não é fácil dirigir com esse tempo.
Apesar disto, os Estados Unidos ainda são o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, ficando atrás da Arábia Saudita e da ex-União Soviética. Contudo, detêm menos de 2% das reservas mundiais. As importações contam para 58% do consumo interno de petróleo, de acordo com o Departamento de Energia. (Washington Post, 7/7)