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2005-06-07
Por Lara Ely

Uma marcha contra os governos marcou a abertura da Semana do Meio Ambiente em Porto Alegre no sábado (4/6). Apesar do cenário festivo, nos bastidores, o clima era de velório. Duas centenas de pessoas, entre militantes do Partido Verde, donas-de-casa e ambientalistas de todas as vertentes manifestavam insatisfação com o descaso dos governantes com o meio ambiente.

Sobraram críticas para todos os lados. Os verdinhos carregavam bandeiras com queixas que iam do crime ambiental praticado em Barra Grande, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina até a ocupação urbana dos morros de Porto Alegre, passando pelo não aos transgênicos. A marcha saiu do Parque da Redenção por volta das 10 horas da manhã tendo como trajetória o Caminho dos Parques até chegar ao Parque Moinho de Vento, o Parcão.

De megafone em punho, o animador do protesto, Zé da Terreira anunciava que os pregadores do capitalismo são descuidados com o meio ambiente, justificando que o radicalismo se combate com radicalismo. Zé ainda sugeriu aos participantes invadir as ruas e parar o trânsito. — Temos que mudar nossa rota para que eles passem diariamente. Hoje eles que esperem nossa passagem - bradou.

Contra política desenvolvimentista
Os projetos de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul foram o principal alvo da manifestação. Entre eles, destaque especial para os plantios florestais previstos para a Metade Sul do Estado que contam com apoio entusiasmado do governador Germano Rigotto, através de programas de incentivos.
A universitária Anna Milanes, era uma das mais empenhadas em explicar como as plantações de eucaliptos apoiados pelo Estado acabariam com a biodiversidade local. — É melhor não plantar nada do que plantar espécies exóticas que causam uma contaminação biológica nos campos aproximados, devido à disseminação das sementes pelo vento. A estudante repudia o investimento do governo do Estado. Para ela, tudo não passa de um jogo de marketing. — O que fazem é monocultura - diz.

Ocupação dos Morros
A universitária carregava um cartaz em cada mão. Um para protestar contra a monocultura, e o outro contra a ocupação dos morros na cidade. Anna gritava para quem quisesse ouvir que as ocupações são imorais e que os responsáveis por esse crime seriam as mansões, e o mais grave, segundo ela, por pessoas que têm condições, estudos, e deveriam saber o quanto é importante a sua preservação.

Insatisfação indígena
Em relação ao tratamento dado ao índio pelo governo do Rio Grande do Sul, o historiador Miguel Franco, do círculo de cultura indígena na PUC, protestou de maneira poética: — Ninguém aprendeu que somos todos passageiros do mesmo veículo. Franco reivindicava que o governo reconheça a existência do povo Charrua no Rio Grande do Sul.

PV teme assassinato verde
A destruição de 250 hectares de mata para a construção de um Megashoping na Lomba do Pinheiro é a causa do Partido Verde. Eles solicitaram à Smam que não conceda o licenciamento à Secretaria de Obras e Planejamento. Segundo Iolanda de Antoni, ex- candidata a vereadora do partido, a área possui uma grande cachoeira e o estudo de impacto ambiental já foi realizado pelo UFRGS.

Movimento ecológico do Julinho foi reaberto
Outra novidade na passeata. O movimento ecológico do tradicional Colégio Júlio de Castilhos, criado na década de 70, foi reaberto em 2005 por alunos do 3º ano do Ensino Médio. Depois de anos inativo, o grupo Kaa-Eté voltou com força – já reúne dezenas de estudantes engajados. Dois deles carregaram uma das faixas na Passeata Nada a Comemorar, na véspera do Dia do Meio Ambiente.

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