Do Japão à Jamaica, milhõesde pessoas comemoraram o Dia Mundial do Meio Ambiente no domingo (5/6), plantando árvores ou participando de eventos. As Nações Unidas apelaram por um melhor planejamento verde das cidades para lidar com o crescimento urbano. Segundo o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, até 2030, mais de 60% da população mundial estará vivendo em cidades, quase que o dobro de hoje e um terço, em 1950.

No Rio, o Fundo Mundial da Natureza (WWF) ergueu uma enorme torneira e um balde gigante em frente à estátua do Cristo Redentor, no topo do Corcovado, para protestar contra o desperdício das águas. Os ativistas tremulavam faixas onde afirmavam que no Brasil existem 40 milhões de pessoas sem água potável.

Ambientalistas escolheram o dia 5 de junho, data da primeira reunião sobre meio ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972, como o Dia Mundial do Meio Ambiente. O tema de 2005 é maior planejamento verde para as cidades, muitas das quais afetadas pela poluição do ar, rios sujos e condições sanitárias deficientes.

Em San Francisco, Califórnia, o mais importante anfitrião do evento neste ano, prefeitos de mais de 50 cidades, incluindo Xangai, Cabul, Buenos Aires, Sydney, Phnom Penh, Jacarta, Roma e Istambul, planejam assinar um plano estabelecendo novos padrões verdes para as cidades, que seriam classificadas de zero a quatro estrelas, de acordo com o comprometimento de 21 objetivos estabelecidos.

Na Austrália, grupos verdes e conselhos locais organizaram festivais para promover a concientização das questões ambientais, desde reciclagem ao plantio de árvores até limpeza de canais.

Na Grécia, o porto de Zakynthos baniu os carros durante todo o domingo e os transportes públicos são gratuitos, enquanto o plantio de ávores ocorreu ao longo da costa do Sri Lanka, devastada pela tsunami de 26 de dezembro, Quênia e em Ocho Rios, na Jamaica.

Entre os eventos no Japão, um show fashion encorajava os trabalhadores a se vestirem menos formalmente no verão para ajudar a cortar os custos com ar condicionado e economizar energia.

Na Noruega, um grupo de jovens realiaram protestos contra os planos de construção de novas termelétricas, afirmando que elãs causariam muita poluição. (O Globo, 4/6)