Simbolismos drásticos para celebrar o dia do Meio Ambiente
2005-06-06
Por Lara Ely
Ao som de flauta e tambores, rodeado de pessoas de verde e preto, envolto em faixas de protesto. Assim morreu Ulisses, personagem simbólico criado pelos ambientalistas, que foi enterrado neste sábado, no Parque Moinho de Vento, o Parcão, em Porto Alegre.
Ulisses é o protótipo do cidadão moderno que vive na capital e sofre as conseqüências dos danos causados pelos maus tratos ao meio. Ele morava no centro da cidade, bebia glifosato, fumava cigarro, comia soja transgênica, tomava café em copo de plástico, respirava a fumaça da Borregard, e além do mais - morreu de cansado esperando uma política pública eficiente do governo em ralação ao meio ambiente – conforme gritou alguém da roda.
Apesar da intervenção teatral no Parcão durante o belo sábado de sol, poucos porto- alegrenses juntaram-se ao grupo. Se o ato não serviu tanto para chamar atenção dos demais, ao menos pôde fortalecer a integração dos ambientalistas e reafirmar valores essenciais da ecologia.