Operação Curupira: interventor no Ibama diz que investigação continua
2005-06-06
O interventor do Ibama no Mato Grosso, Elielson Ayres, disse nesta última sexta-feira que as investigações que resultaram na prisão de 47 funcionários do órgão ainda não terminaram e que outros esquemas já foram identificados. - Além das irregularidades que surgiram na quinta-feira há outras que são tão grandes quanto - afirmou Ayres.
Segundo ele, essas investigações estão sendo feitas sob sigilo e podem resultar em novas ações. - Só vai chegar a conhecimento público quando tomarmos as medidas cabíveis - informou.
De acordo com o interventor, que é procurador federal da Advocacia Geral da União (AGU), 30 funcionários do Ibama de outros estados foram deslocados para Cuiabá para ajudar no processo de reorganização do órgão. O atendimento ao público foi suspenso, mas deve ser normalizado na segunda-feira.
Os 47 funcionários do Ibama do Mato Grosso foram presos durante a Operação Curupira, realizada pela Polícia Federal e pelo próprio órgão. Os servidores são suspeitos de participar de um esquema de retirada e transporte ilegal de madeira em Mato Grosso que vinha sendo investigado há dez meses. Também faziam parte do esquema madeireiros e despachantes. Até agora, mais de 80 pessoas já foram presas, segundo a Polícia Federal do Mato Grosso.
Durante os dois meses em que o Ibama do estado vai ficar sob intervenção, Ayres disse que os novos funcionários vão ser responsáveis por avaliar a documentação apreendida na Operação Curupira. Eles também vão tomar conhecimento dos processos que estão paralisados e tomar medidas para retomar as atividades. (Globo, 03/06)