A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse neste domingo durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, em Brasília, não ter dúvidas de que o diretório do PT no Mato Grosso tomará as medidas necessárias em relação a filiados que estejam envolvidos em corrupção ou doações irregulares em campanhas eleitorais. Reportagens veiculadas pela mídia neste fim de semana mostram que o petista Alexandre Luís César, candidato derrotado à prefeitura de Cuiabá em 2004 recebeu doações de madeireiros para sua campanha.

- O PTda Amazônia, com certeza, vai extirpar de seus quadros todos aqueles que possam estar envolvidos com qualquer que seja a ilicitude. Mas a minha função como ministra é responder pelo Ministério do Meio Ambiente. Fizemos o trabalho em parceria, no âmbito do plano de combate ao desmatamento, para poder diminuir e acabar com desmatamento e ação predatória na Amazônia. O desmantelamento da quadrilha é uma das ações. Temos outras, que já estão maturando, como os 8,3 milhões de unidades de conservação na área de conflito da Amazônia, criando um verdadeiro paredão na expansão predatória.

Segundo a ministra todos os envolvidos nas denúncias de irregularidades que permitiram o desmatamento na Amazônia foram investigados, independentemente de partido. - As pessoas que estão envolvidas, pertencentes ou não a partidos, foram investigadas com o mesmo rigor, foram exoneradas. A diferença cabal é essa. Mesmo tendo pessoas que possam ter envolvimento partidário, foram investigadas, foram demitidas e é isso que o gestor público faz. A minha responsabilidade, como ministra era de extirpar o tumor. Onde quer que seja, a responsabilidade de punir essas pessoas fica a cargo do PT do Mato Grosso - disse Marina, defendendo a aprovação pelo Congresso do financiamento público de campanha. (O Globo, 05/06)