Porto Alegre trabalha para conscientizar e educar
2005-06-06
A poluição dos recursos hídricos é um problema sério e que precisa ser resolvido em Porto Alegre. Conforme avaliação do secretário municipal do Meio Ambiente (Smam), Beto Moesch, os 30 arroios que desembocam no Guaíba estão comprometidos. Na tentativa de resolver o problema, a Smam está realizando trabalho conjunto com o Departamento de Esgotos Pluviais e o Departamento Municipal de Água e Esgotos para investigar a possibilidade de alguns empreendimentos residenciais e comerciais estarem utilizando uma mesma tubulação para a liberação simultânea de esgotos cloacal e pluvial no arroio Dilúvio. - Já estamos atuando no bairro Santa Cecília - revela. A Smam também pretende incrementar os investimentos em educação ambiental, especialmente junto às comunidades que vivem às margens dos arroios. - Precisamos conscientizar os moradores dos riscos decorrentes da transformação desses espaços em depósito de lixo e esgoto cloacal - diz Moesch.
A qualificação das 600 praças, dos nove parques e de três unidades de conservação ambiental (Parque Saint Hilaire, Morro do Osso e Reserva Ecológica do Lami) também é prioritária. - É uma questão que está vinculada à qualidade de vida dos porto-alegrenses - justifica. Segundo Moesch, os reparos de danos provocados por atos de vandalismo representam 85% das ações de manutenção desenvolvidas nesses espaços públicos. Ele projeta para este ano a mudança na metodologia de concessão de licenças ambientais. Entre elas, a Smam propõe que 20% da vegetação de terrenos onde haja construções seja preservada. - Os empreendedores terão que informar o volume e o tipo de resíduo que serão gerados - explica. Moesch acredita que enfrentará sérias resistências. O secretário lembra que em 1977 a Smam foi criada para cuidar de praças, parques e árvores e hoje tem a responsabilidade de elaborar políticas ambientais e expedir licenciamentos com a mesma estrutura que tinha há 28 anos. (CP, 05/06)