O desperdício da água no país atinge 40% do volume captado nos mananciais. — É o percentual que desaparece entre os rios e os destinos finais-, revela o vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Alexandre Bugin. Em Porto Alegre, da totalidade captada no Guaíba para tratamento, 35% não são registrados nos hidrômetros. A perda, conforme o diretor-geral do Dmae, Flávio Presser, é atribuída a fugas, ligações clandestinas e à redução de volume durante o processamento. Na Capital, diz, 99,5% dos habitantes têm acesso à água potável. São 262 mil economias atendidas, enquanto a rede de esgoto atinge 83% da cidade. Segundo ele, a capacidade de tratamento atinge 27% do esgoto cloacal coletado diariamente no município. No Estado, 8% do esgoto é tratado e 50% das economias possuem rede coletora.

A situação preocupa o presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia, Pedro Westphalen. — Precisamos somar esforços para evitar um problema de saúde pública-, diz. A comissão está levantando a situação ambiental do Estado e as causas da degradação dos recursos hídricos. O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara, Cláudio Sebenelo, lamenta que a educação ambiental esteja em segundo plano. - Mas há promessas da prefeitura de incrementar investimentos na área - afirma. (CP, 05/06)