O esgoto doméstico é o maior agente poluidor em Chapecó. O alerta é do diretor da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema), Valmir Kirschner, que está coordenando uma série de atividades para comemorar a Semana Nacional do Meio Ambiente. - O esgoto cai nos rios e sangas sem nenhum tipo de tratamento. Nós precisamos pensar em formas alternativas de controle da poluição, como a construção de fossas sépticas. Hoje, 95% dos riachos que cortam a cidade estão poluídos, disse Kirschner. A principal causa de tamanha poluição é a falta de infra-estrutura. Apesar de ter 87 anos e manter uma população de quase 180 mil habitantes, Chapecó ainda não trata o esgoto doméstico. As obras da estação de tratamento e a canalização estão ocorrendo de forma lenta, apesar da necessidade urgente apontada por organismos de saúde pública. Estima-se que, para cada R$ 1,00 investido em saneamento público, há uma economia de R$ 2,00 em despesas com tratamento de doenças diversas.

- As obras em andamento devem atender a 60 mil pessoas. Para as demais (120 mil), nós precisamos desenvolver alternativas viáveis, recomenda o diretor da Fundema. Para discutir a problemática da poluição e expor os projetos públicos e privados voltados para a proteção ambiental, a Prefeitura e o Sesc realizaram a 8ª Mostra e Seminário de Educação Ambiental e Ecologia.

Palestras, oficinas e mostras reuniram seis mil pessoas nos pavilhões do Parque Tancredo Neves (Efapi). Entidades, escolas e empresas que têm alguma ação voltada ao meio ambiente expuseram seus trabalhos com o objetivo de sensibilizar e ensinar os visitantes a respeito da necessidade de preservação. (AN, 02/06)