Moradores de Cachoeirinha ignoram possível contaminação por mercúrio
2005-06-03
Apenas 11 das 25 pessoas que tiveram contato com mercúrio na Rua da Marinha, bairro Veranópolis, em Cachoeirinha, no início do ano, atenderam ao chamado da prefeitura e fizeram exames médicos. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o laudo não identificou contaminação em nenhuma delas.
Em março, um aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Antônio Wilkens, no bairro Veranópolis, entregou à professora de ciências um frasco de plástico contendo um líquido prateado, brilhante e sem cheiro. Percebendo se tratar de mercúrio, a escola avisou as secretarias da Saúde e Meio Ambiente. Pelo menos 25 pessoas - entre elas, 17 crianças - da Rua da Marinha, onde o menino mora, tiveram contato com o produto. O caso é investigado pela 1ª DP de Cachoeirinha. Segundo o delegado Ajaribe Rocha Pinto, o objetivo é descobrir a origem do material e punir o possível culpado. Na Rua da Marinha, a maioria dos moradores prefere não comentar o assunto. Temendo discriminação, uma jovem que passou o químico no corpo preferiu não fazer os exames. A única que aceitou falar foi a dona de casa Vilma Maria Abreu Brum, que viu o filho Marcos, de 11 anos, e os netos brincando com o produto. - Era uma coisa bonita e diferente. Ninguém imaginou que poderia ser tóxico. As crianças fizeram o exame para tirar a dúvida. Estamos tranqüilos - conta. (ZH, 03/06)