Os vereadores de Vale Verde aprovaram, por unanimidade, na noite de segunda-feira, o projeto de preservação do Balneário Monte Alegre, elaborado pelo próprio Legislativo. No mesmo dia, à tarde, a Câmara havia sediado uma reunião sobre a extração de areia no local, com a presença do geólogo Nilo Barbosa, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), e de representantes da Associação dos Protetores do Balneário Monte Alegre.

No encontro, Barbosa explicou que a praia, às margens do Rio Jacuí, precisa ser preservada, assim como as áreas acima e abaixo do balneário, para que os veranistas não tenham seu espaço para banhos reduzido com o passar do tempo. Ficou definido que a extração de areia está proibida nos 1.250 metros de extensão do Monte Alegre e nos 1.000 metros a partir do início e do balneário, e a partir do fim.

O Rio Jacuí tem uma extensão de aproximadamente 18 quilômetros no território de Vale Verde. Três empresas mineradoras fazem a extração de areia no município, em espaços determinados pelas licenças. A Aro Mineradora atua entre a divisa com General Câmara, passando pelo Balneário Monte Alegre, indo até o território da Mineradora Rauber, em direção a Rio Pardo. O impasse entre a empresa e entidades estava acontecendo por conta da renovação da licença municipal, já que a Aro pretendia extrair areia até o início da praia, protegendo apenas o trecho central do balneário, de 1.000 metros de extensão. Porém, tanto os protetores do Monte Alegre quanto o Executivo e o Legislativo defendiam a proibição de um trecho de 3.250 metros. (Diário da Fronteira, 02/06)