Retaliações a quem proibir uso de amianto são improcedentes, segundo OMC
2005-06-02
Na edição de 31 de maio último da seção Reservado (www.ambienteja.com.br), foram divulgadas informações sobre a possível retaliação da Organização Mundial do Comércio (OMC) a países que proibissem a utilização do amianto, segundo a médica francesa Annie Thébaud-Mony e o jornalista Patrick Hermann. Na realidade, tais informações estão defasadas e devem ser recontextualizadas de acordo com eventos posteriores. Conforme a engenheira Fernanda Giannasi, auditora da DRT-SP, houve diversos avanços na luta contra o amianto depois deste episódio.
— O painel técnico da OMC, a quem o Canadá recorreu tendo como terceiras partes Brasil e Zimbabwe, não aceitou a tese de que a proibição francesa - que estava sendo questionada desde 1997 - pudesse infringir regras do comércio global e julgou improcedente a queixa - atualiza Giannasi. De acordo com ela, isto foi tido como uma grande vitória pelo movimento organizado pelo banimento do amianto em nível mundial. –Essas decisões começaram a se apresentar nos primeiros posicionamentos da OMC em 2000, pressionada que estava inclusive pelos movimentos de massa nas ruas de Seattle e tentando se redimir de seu caráter meramente comercial sem atentar-se ao social - afirma, acrescentando que o julgamento do caso amianto foi uma vitória, neste sentido, dos movimentos sociais.