Uma versão preliminar de um comunicado sobre mudança climática para a reunião do G8, a ser realizada em julho, não contém metas específicas e nada fala sobre a ciência do aquecimento global --para a decepção dos ambientalistas. Grupos como a ONG Amigos da Terra imediatamente condenaram o documento como uma grande oportunidade perdida.

O texto, de 15 páginas, visto pela agência de notícias Reuters e datado de 3 de maio, começa enfatizando a necessidade por ações urgentes indo desde o desenvolvimento de novas tecnologias, motores mais limpos, eficiência energética e isolamento de prédios até a captura de gases-estufa. Mas não há metas para o corte das emissões de gases causadores do aquecimento global, como o dióxido de carbono. Tampouco há uma seção sobre a base científica da mudança climática --fortemente questionada pelos EUA.

Um porta-voz do Departamento de Ambiente se recusou a comentar o documento preliminar, a ser adotado formalmente pelo G8 na Escócia, entre os dias 6 e 8 de julho próximos. - Nós obviamente conhecemos esse documento. Não comentamos documentos vazados. Mas as coisas progrediram consideravelmente desde 3 de maio. O documento pede mais pesquisa e desenvolvimento e a promoção de tecnologias limpas, compartilhamento de informações entre nações ricas e pobres e mais fontes renováveis de energia. Ele pede que instituições como o Banco Mundial incluam eficiência energética entre os critérios que usam para aprovar novos projetos de desenvolvimento. (Folha Ciência, 31/5)